Escrever é abrir asas,
Escancarar as feridas,
Desnudar as vergonhas.
Ferir de verdades o outro.
Ir mostrando ao mundo mazelas esquecidas...
Mas é só para os mui corajosos,
Escancarar as feridas,
Desnudar as vergonhas.
Ferir de verdades o outro.
Ir mostrando ao mundo mazelas esquecidas...
Mas é só para os mui corajosos,
Os aventureiros das emoções.
Tem que ter um desprendimento sem limite
E uma ânsia de adrenalina sem fim.
Não é só pra quem tem asas,
É pra quem não tem medo de usa-las.
E eu... Outrora sedenta de abismos
Não consigo mais abrir as asas.
Me vejo covarde e sem brio.
Do tanto que disse não me fiz entender,
E se de fato entendessem
Tem que ter um desprendimento sem limite
E uma ânsia de adrenalina sem fim.
Não é só pra quem tem asas,
É pra quem não tem medo de usa-las.
E eu... Outrora sedenta de abismos
Não consigo mais abrir as asas.
Me vejo covarde e sem brio.
Do tanto que disse não me fiz entender,
E se de fato entendessem
O que agora quero dizer...
Cobriria o mundo de angustia e vazio.
Cobriria o mundo de angustia e vazio.
4 comentários:
lindo poema!
Escrever é desnudá-se. Mostrar a alma. Se rebelar. rs
Gostei. Bjos e uma linda semana.
Eu a lembrar de ti por estes dias (como mencionei abaixo: ao assistir o programa do Jô; também ao organizar alguns poemas antigos, lembrei do poema que nos uniu) e agora reflito sobre o teu poema. "Outrora sedenta de abismos / não consigo mais abrir as asas. / Me vejo covarde e sem brio." Me surgiu à idéia de que tu não tens as asas em vôo não por covardia, mas porque encontraste uma forma distinta; porque voar? Voar nos distancia à medida que deixamos o solo. Você constrói pontes para sanar os abismos. “Escrever é abrir asas, escancarar as feridas, desnudar as vergonhas” – concordo contigo, escrever é desnudar-se, como dizia Drummond “é expor-se ao olhar dos outros” e o olhar dos outros pode ser o inferno sartreano. Abrimos-nos pela necessidade do outro. E agora me surge a idéia de que tu tens plainado nos céus as tuas asas para encontrar os abismos, em seguida coloca-se a construir as pontes. Há alguns anos atrás tu fizeste isto comigo e eu sou eternamente grato! Estou com saudades de ti! Li seu post sobre o livro “Amar apesar de tudo” e eu adoraria dá-lo pra ti de presente (eu o tenho), você aceita? Vou mandar junto a poesia que nos uniu pela primeira vez.
Beijo.
Oi Pri,
Bom te ver de volta. Ainda que devagarinho, vá retomando seus escritos que muito nos agradam.
Abração
Vavá
Olá anjo,
Nunca foi fácil para o comum abrir essas asas, nunca foi, não é e nunca será fácil abrir essas ascas e expor o que pensamos, o que sentimos e o que somos.
Fica bem querida
Beijinho doce
Postar um comentário